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Nossa história centenária

Anúncio "Rhodia crescendo com o Brasil"

 


Desde que chegou ao Brasil em 1919, a Rhodia vem escrevendo uma história de pioneirismos e inovações que vão além do amplo leque de produtos e aplicações. A empresa criou mercados e novos hábitos de consumo, inventou novas formas de se relacionar com clientes, consumidores e comunidades e desenvolveu práticas de gestão da qualidade e sustentabilidade que se tornaram referência. E segue fazendo tudo isso para construir a química do futuro.

 

Clique abaixo, para conhecer a Rhodia, por a cada década.

Os cem anos de história da Rhodia no Brasil tiveram início do outro lado do Atlântico, na Europa: no dia 19 de dezembro de 1919, na sede do Consulado do Brasil na França, em Paris, foi assinada a fundação da Companhia Química Rhodia Brasileira, a filial brasileira da Societé Chimique des Usines du Rhône, mais tarde Grupo Rhône-Poulenc.
No dia 8 de janeiro de 1920, desembarcaram no Porto de Santos o engenheiro Henri Sannejouand, o agrimensor Felix Fulconis e o engenheiro químico Jacques Bloch. O trio tinha como missão comandar os 80 trabalhadores que levantariam as paredes da fábrica.

Os planos para abertura da fábrica no país foram esboçados bem antes. Remontam a 1914, quando a companhia francesa comprou um terreno no pacato distrito de Santo André, então pertencente ao município de São Bernardo, às margens da São Paulo Railway Company, a estrada de ferro que à época escoava a produção cafeeira. A Primeira Guerra Mundial, porém, havia atrasado os planos da empresa, e o projeto só foi retomado em 1919, mesmo ano da assinatura do Tratado de Versalhes, acordo internacional assinado pelos países europeus que encerrou oficialmente o conflito bélico.

Em 1921, já estava tudo pronto. Começou então a fabricação de ácido sulfúrico, ácido muriático, éter, sulfito de soda, sulfato de cálcio e cloreto de etila. Além de insumos para produzir o lança-perfume (o sucesso de vendas do produto nos carnavais brasileiros foi um dos fatores que estimulou a vinda da empresa francesa para o Brasil), esses ingredientes se tornaram matérias-primas para inúmeros produtos que marcaram a trajetória da indústria brasileira e pavimentaram o desenvolvimento da rota alcoolquímica no país. Antes importados, alguns medicamentos também passam a ser produzidos no Brasil. Eram os primeiros passos de uma jornada centenária, que até hoje combina pioneirismo, inovação e sustentabilidade.

 

Comemorando os 10 anos de Brasil vividos em torno da Usina Química de Santo André, a Rhodia estabeleceu mais um marco decisivo na sua história de pioneirismo: criou, em 1929 a Companhia Brasileira Rhodiaceta, especializada na fabricação de fio têxtil artificial à base de acetato de celulose, matéria-prima que importava da França. Mais que uma estreia no mercado têxtil brasileiro, foi o início de uma revolução nesse segmento.

A verdade, porém, é que nos primeiros tempos a novidade enfrentou resistência das tecelagens e confecções e dos próprios consumidores brasileiros acostumados às roupas feitas de fibras naturais, principalmente o algodão. Como conquistar o mercado? A Rhodia apostou numa estratégia ousada e bem-sucedida: em 1935, trouxe para o Brasil a Valisère, famosa marca francesa. 

Na então nascente Unidade Têxtil de Santo André, foi construído um ateliê para testar a aplicação das fibras artificiais em diversas peças e difundi-las no mercado nacional. As lingeries de “jérsei indesmalhável”, como destacavam os anúncios da época, viraram o carro-chefe da produção da Valisère, mostrando o acerto da estratégia adotada: de um lado, convencer as pessoas sobre os benefícios e diferenciais das roupas criadas a partir dessa nova tecnologia; de outro, ensinar as tecelagens e confecções sobre como trabalhar com esse novo material. 

Se, anos antes, a marca Rhodia já se tornara conhecida pelas ações de publicidade relacionadas com seus produtos farmacêuticos, havia chegado a vez de ter seu nome associado à moda, iniciando uma trajetória de inovações no universo têxtil que segue até os dias de hoje.

A década chegou marcada pelos múltiplos desafios trazidos pela Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939. E, se o conflito bélico mudou os rumos das nações e dos personagens que definiram os contornos daquele período do século 20, também impactou a vida da Rhodia no Brasil. 

O bloqueio do nosso litoral pelos nazistas impedia que os navios que traziam álcool do Nordeste chegassem a São Paulo para abastecer sua produção de derivados acéticos em Santo André. Para enfrentar o problema, a Rhodia decidiu mergulhar na rota alcoolquímica pela raiz, literalmente: resolveu plantar cana e produzir seu próprio álcool. 

Assim, em 1942, comprou a Fazenda São Francisco, que se estendia pelos municípios de Paulínia, Campinas e Sumaré. Mais tarde transformada em dos maiores complexos industriais da empresa em todo o mundo, a fazenda, na época acessível apenas por precárias estradas de terra, tinha vida própria: sete vilas onde moravam os trabalhadores com suas famílias, igreja, estruturas de comércio e um grupo escolar mais tarde repassado ao Estado.  

A primeira safra foi colhida em junho de 1944 e, semanas depois, o álcool já abastecida a produção química de Santo André e também a Rhodiaceta que, desde 1941, passara a usar o álcool etílico nacional para a produção local do acetato de celulose antes importado.

Finda a guerra em 1945, a Rhodia estava pronta para crescer. No mesmo ano comprou a Indústria Brasileira de Óculos e Lentes, embrião dos seus negócios com plásticos especiais destinados principalmente à indústria automotiva. No ano seguinte, criou a Companhia Rhodosá de Rayon, em São José dos Campos, que iniciaria a produção de rayon viscose em 1949. Um ano antes, realizara outro feito: a produção da penicilina cristalizada, o mais eficiente antibiótico até então fabricado pela indústria.

A década, conhecida como “anos dourados”, foi especial também para a Rhodia. Em 1955, a empresa lançou os fios sintéticos de nylon, mais um passo disruptivo na história do universo têxtil nacional. Logo eles ganharam a forma de elegantes meias femininas e maiôs que cativaram os consumidores. Gradativamente, foram ganhando espaço também em outros segmentos de moda.

Enquanto isso, começava a brotar entre as plantações de cana da Fazenda São Francisco a primeira semente da atividade química. As instalações da Rhodia em Santo André já não comportavam novos projetos industriais de grande porte. Mas a empresa tinha área de sobra, a pouco mais de uma centena de quilômetros dali. Assim, sem ainda abdicar da cana, a fazenda viu florescer em 1958 a unidade de acetato de vinila, um solvente oxigenado de fonte renovável. Era a primeira de muitas fábricas que fariam do site de Paulínia um dos maiores polos alcoolquímicos da América Latina. No mesmo ano, a empresa ampliou a presença no mercado de solventes, com a aquisição de fábricas em Conceição de Macabu, no Estado do Rio de Janeiro.

Datam ainda desses anos dourados, outros marcos importantes. Os cuidados com a segurança foram reforçados com a constituição da primeira Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), em 1954. E a preocupação com o bem-estar dos empregados naqueles tempos em que não havia um supermercado em cada esquina, nem soluções como o vale alimentação, levou à criação da Cooperativa de Consumo da Companhia Rhodia, também em 1954.

Hippies, Beatles, minissaias, protestos contra a Guerra do Vietnã... Efervescentes, inquietos e marcados por rupturas, os anos 60 foram um período para a Rhodia reafirmar sua capacidade de inovar. O universo têxtil tornou-se a arena perfeita para demonstrar sua capacidade de traduzir esse espírito do tempo em novos produtos e estratégias para difundi-los. Mais que trazer para o país novas tecnologias têxteis, a Rhodia se liderou um movimento para criar uma moda brasileira, mobilizando e engajando todos os elos da cadeia.
Lançada no final da década anterior (1958), a Seleção Rhodia Moda, criada para mostrar a versatilidade e beleza dos fios de poliamida, seguia  em viagens pelo mundo – França, Itália, Espanha, Portugal, Estados Unidos –, desfilando nas passarelas internacionais a modamade in Brazil.  Nesse período, a Rhodia teve papel importante na formação da profissão de manequim, que não existia no país, e na consolidação das revistas especializadas em moda.
Também patrocinava a Fenit (Feira Nacional da Indústria Têxtil), principal palco da moda na época, e fazia de cada participação no evento um acontecimento memorável. As edições da Fenit se tornaram uma agenda cultural disputadíssima, em que multidões se apinhavam para ver os desfiles-show da Rhodia, com apresentações das grandes estrelas da MPB e da Bossa Nova, como Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Nara Leão. Nas passarelas, as Giseles Bündchen da época encantavam o público – nomes como Mila Moreira, Monique e Christia, entre outras. No período, ficaram famosas marcas da empresa, como Rhodianyl, Crylor e Tergal.
Enquanto isso, Paulínia ganhava um importante reforço com a transferência para lá do parque industrial das fábricas de solventes de Conceição de Macabu (RJ), acelerando seu processo de transformação em uma grande plataforma industrial. Também foram lançadas novas linhas de produção, como a de álcool butílico e acetato de butila.  

O pioneirismo não estava restrito ao campo dos produtos e dos negócios: em 1960, a Rhodia lançou seu programa de estágio e trainee, um dos primeiros do país e porta de entrada para inúmeros talentos que ajudariam a escrever a história da empresa nos anos seguintes.

Os anos 70 foram marcados por expansões, diversificação das atividades industriais e investimentos na estrutura de pesquisa.

Logo no início da década, em 1970, foi inaugurada em Paulínia a fábrica do fenol, produto que além de servir de base para a cadeia de produção da poliamida tem larga aplicação em segmentos como resinas fenólicas para o mercado de madeira, isolantes automobilísticos e tintas e vernizes. Oito anos mais tarde, em 1978, mais novidade no portfólio: entrou em operação a planta industrial de sílicas, matéria-prima consumida pelos fabricantes pneus, solados de calçados, creme dental, borrachas e nutrição animal, entre outros.

Incrementar os trunfos para inovar também estava no radar da empresa: em 1975, foi criado o Centro de Pesquisas de Paulínia, que se consagraria nos anos seguintes como um dos mais importantes centros privados de pesquisa do país, um dos polos globais de pesquisa do Grupo e berço de inúmeras inovações no campo da química sustentável.

Desse período, merecem destaque ainda a transferência da sede da empresa para o Centro Empresarial São Paulo (Cenesp), onde permanece até hoje; e mais uma iniciativa importante no campo dos benefícios oferecidos aos empregados: a criação do Instituto Rhodia de Seguridade Social (hoje chamado PRhosper). Era mais uma expressão do pioneirismo da Rhodia. À época, eram pouquíssimas as empresas privadas que contavam com programas de previdência complementar.

 

A crise do petróleo nos anos 1970 fez a nova década começar com um cenário desanimador. Triplicara o preço do barril dessa matéria-prima essencial para inúmeras indústrias, jogando uma pá de cal na euforia nacional associada ao chamado “milagre econômico brasileiro”. O sentimento no meio industrial era resumido em uma expressão: “o sonho acabou”. Mas a Rhodia trilhou outros caminhos, fazendo desse período de crise uma oportunidade para se tornar ainda mais forte.

Logo em 1981, implantou o Departamento de Valorização do Consumidor e lançou a campanha “Você Fala. A Rhodia Escuta”, uma ação inédita entre empresas cujos produtos estão mais longe do consumidor final (o hoje chamado B2B). Seus fios têxteis, por exemplo, têm como clientes as tecelagens e malharias, que vendem seus produtos para as confecções, que vendem as roupas para as lojas. Com a campanha, a Rhodia se aproximava do consumidor final, disponibilizando um telefone de contato para esclarecer dúvidas, receber críticas e sugestões. O número aparecia em etiquetas das roupas feitas com seus fios. Era um inovador canal de comunicação entre a empresa e o público. O compromisso com um relacionamento aberto e transparente foi reafirmado no mesmo ano com a criação do primeiro posto de ombudsman industrial do Brasil.

 

Esses mesmos princípios estavam presentes no “Portas Abertas”, plano de comunicação social implantado em 1985, que fez escola entre as empresas do país, virou livro e leitura obrigatória nas faculdades de Comunicação. Com boas razões: foi a primeira iniciativa do gênero no Brasil visando aprimorar o diálogo e o relacionamento com todos os públicos: clientes, fornecedores, comunidades, imprensa etc.  O nome Rhodia e a imagem da empresa ganharam uma força extraordinária, e os reconhecimentos não demoraram: entre outros, a Rhodia foi eleita a Empresa do Ano de 1986, no ranking da revista Exame.Foi a primeira multinacional a receber esse título no país.

Com a inquietude e ousadia de uma organização que busca sempre fazer mais e melhor, a Rhodia também desbravou caminhos inovadores no campo da gestão da qualidade. Inspirada pelos nascentes modelos adotados na Ásia, lançou em 1988 o Processo Rhodia de Performance de Excelência (Prhoex). Incorporando novos conceitos e ferramentas de gestão, o Prhoex revolucionou positivamente os processos da empresa, alavancando qualidade, segurança, produtividade e competitividade. 

Com o avanço do processo de globalização, a matriz Rhône-Poulenc decidiu reestruturar seus negócios e focar em negócios e mercados nos quais tinha maior competitividade. No Brasil, a Rhodia seguiu os passos estratégicos do Grupo e, além de manter o foco nas atividades que já detinham importantes participações no mercado nacional, abriu novas frentes. Uma delas foi o lançamento, em 1995, da produção de surfactantes e especialidades químicas com aplicações em setores como os de cuidados pessoais e com a casa, agroquímicos e petróleo, entre outros.  

 

Na área têxtil, mais inovações. Primeiro, com o lançamento, em 1992, das microfibras, novidades que comporiam os produtos da marca Amni®. As novidades conquistaram rapidamente os criadores de moda e consumidores de artigos têxteis com seus diferenciais de caimento, beleza e conforto. Depois, em 1998, foi a vez de lançar Amni Biotech®, uma pioneira linha de fios inteligentes, com propriedades funcionais: a tecnologia permite controlar a proliferação de bactérias que provocam mau odor em artigos como meias e roupas íntimas. E, como importante referência no mundo da moda há muitas décadas, a Rhodia esteve entre os patrocinadores da primeira edição da São Paulo Fashion Week, em 1995, passarela que frequentou em várias edições seguintes nas coleções dos mais badalados estilistas.

 

Os avanços seguiam em outras áreas. No campo da gestão da qualidade, a fábrica do ácido salicílico, em Paulínia, obteve, em 1993, a primeira certificação ISO 9000, gradativamente estendida a outras unidades. No território da sustentabilidade, a empresa implantou em 1992 o Prisma (Programa Rhodia de Informação e Sensibilidade ao Meio Ambiente) e, no mesmo ano, aderiu pioneiramente ao Responsible Care, programa de Atuação Responsável coordenado pela Associação Brasileira da Indústria Química e Produtos Derivados (Abiquim).

 

Com o avanço do processo de globalização, a matriz Rhône-Poulenc decidiu reestruturar seus negócios e focar em negócios e mercados nos quais tinha maior competitividade. No Brasil, a Rhodia seguiu os passos estratégicos do Grupo e, além de manter o foco nas atividades que já detinham importantes participações no mercado nacional, abriu novas frentes. Uma delas foi o lançamento, em 1995, da produção de surfactantes e especialidades químicas com aplicações em setores como os de cuidados pessoais e com a casa, agroquímicos e petróleo, entre outros.  

Na área têxtil, mais inovações. Primeiro, com o lançamento, em 1992, das microfibras, novidades que comporiam os produtos da marca Amni®. As novidades conquistaram rapidamente os criadores de moda e consumidores de artigos têxteis com seus diferenciais de caimento, beleza e conforto. Depois, em 1998, foi a vez de lançar Amni Biotech®, uma pioneira linha de fios inteligentes, com propriedades funcionais: a tecnologia permite controlar a proliferação de bactérias que provocam mau odor em artigos como meias e roupas íntimas. E, como importante referência no mundo da moda há muitas décadas, a Rhodia esteve entre os patrocinadores da primeira edição da São Paulo Fashion Week, em 1995, passarela que frequentou em várias edições seguintes nas coleções dos mais badalados estilistas.

Os avanços seguiam em outras áreas. No campo da gestão da qualidade, a fábrica do ácido salicílico, em Paulínia, obteve, em 1993, a primeira certificação ISO 9000, gradativamente estendida a outras unidades. No território da sustentabilidade, a empresa implantou em 1992 o Prisma (Programa Rhodia de Informação e Sensibilidade ao Meio Ambiente) e, no mesmo ano, aderiu pioneiramente ao Responsible Care, programa de Atuação Responsável coordenado pela Associação Brasileira da Indústria Química e Produtos Derivados (Abiquim).

 

Ao final da década, em 1998, uma boa surpresa para o time brasileiro da empresa e um reconhecimento à força da marca Rhodia: até então usado apenas aqui e na Alemanha, Rhodia torna-se o nome do Grupo globalmente.

A Rhodia entrou no século 21 com a mesma disposição que inspirou sua trajetória desde o princípio: a de estar sempre à frente do seu tempo. Reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade, seguiu inovando não apenas em produtos, mas também em projetos pioneiros que criam valor para a sociedade e para o meio ambiente.

Um deles foi a construção, em Paulínia, em 2006, da Unidade de Abatimento de Gases de Efeito Estufa, o maior projeto do gênero da América Latina e o quinto maior do mundo. A cada ano, a unidade abate 5,3 milhões de CO2 equivalente, o que corresponde às emissões de uma frota de 1,2 milhão de veículos. A unidade nasceu no contexto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto, cuja vigência terminou em 2012 e, com ela, os recursos obtidos com a venda de créditos de carbono. Mas a empresa mantém a unidade em operação até hoje, fiel ao compromisso com a sustentabilidade e ciente da importância dessa contribuição voluntária para redução das emissões da indústria brasileira.

 

Já as ações voltadas às comunidades vizinhas ganharam nova força em 2007 com a criação do Instituto Rhodia, que centralizou e fortaleceu a gestão estratégia das iniciativas sociais da companhia. Um de seus importantes projetos, desenhado a partir da identificação das necessidades da comunidade, é o Alquimia Jovem, lançado em 2008, em Paulínia. Programa de educação complementar, o Alquimia vem desde então cumprindo seu propósito de contribuir para o desenvolvimento dos estudantes de escolas públicas da região e estimular o protagonismo juvenil. Já são mais de 1,2 mil jovens beneficiados.

 

 

A década começou com uma novidade de âmbito global: a compra da Rhodia pelo grupo belga Solvay, em 2011. Criava-se, assim, uma das maiores companhias químicas do mundo, que já nasceu com um propósito ambicioso: ser líder da química sustentável. Dentre todos os mais de 60 países onde o Grupo Solvay está presente, em apenas um foi mantido o nome Rhodia: no Brasil. Era um evidente reconhecimento à força da marca Rhodia em nosso país, construída ao longo de todas essas décadas.

 

Novos investimentos impulsionaram a expansão dos negócios. Só em 2014 foram duas aquisições: a Erca e a Dhaymers. Com isso, a empresa ganhou duas novas unidades industriais – uma em Itatiba, outra no Taboão da Serra – e fortaleceu sua presença no mercado de surfactantes e especialidades químicas de alto valor agregado usados na formulação de xampus, condicionadores e outros produtos de cuidados pessoais, além de aplicações nos setores petroquímico, agrícola e de mineração, entre outros.

 

Em 2015, foi a vez de reforçar o parque de pesquisa e inovação com a criação do Laboratório de Biotecnologia Industrial (IBL, na sigla em inglês). Integrando a estrutura do Centro de Pesquisa e Inovação de Paulínia, o IBL é o polo global do Grupo Solvay encarregado da pesquisa e desenvolvimento de novas moléculas e soluções sustentáveis a partir da diversa e ainda pouco explorada biomassa brasileira.

Inovações sustentáveis continuavam brotando também em outros negócios. O mundo da moda, por exemplo, deu as boas-vindas ao Amni Soul Eco®, primeiro fio de poliamida biodegradável do mundo, criado pelas equipes brasileiras e lançado em 2014; e ao Amni® Soul Cycle, outro pioneirismo global made in Brazil, desta vez um fio têxtil de poliamida reciclada e biodegradável que chegou ao mercado em 2019. 

Nesse meio tempo, em 2016, Rhodia aportou uma nova contribuição em benefício da mobilidade sustentável: passou a produzir em Paulínia as sílicas de alta dispersabilidade (HDS), usadas na fabricação dos “pneus verdes”. Usando esse tipo de pneus, os automóveis consomem menos combustíveis e geram menos poluentes.

Também em Paulínia, a empresa realizou outro importante investimento: a construção da primeira unidade industrial exclusivamente dedicada à produção dos solventes sustentáveis da linha Augeo®, que conquistaram o mundo com seus diferenciais. A nova unidade entrou em operação no final de 2018. 

Foi assim, semeando as novas fronteiras da química inovadora e sustentável, que a Rhodia celebrou, em dezembro de 2019, um século de sua história no Brasil.

A Rhodia entrou na nova década com o pé no acelerador da sustentabilidade. O grande sucesso de Augeo®, com volumes crescentes de exportações, levou à construção de uma segunda planta de fabricação desses solventes sustentáveis. Inaugurada em 2020, a nova unidade permitiu aumento expressivo da capacidade produtiva. No mesmo ano, a família Augeo® foi ampliada com o lançamento de Augeo® Clean Booster, uma solução com alto poder de limpeza, combinando solvente e surfactante de fontes renováveis (soja e óleo de palma).

Ao mesmo tempo, a Rhodia direcionava seu espírito inovador para engrossar a luta contra o acontecimento que aterrorizou o mundo nos primeiros anos da década: a pandemia da Covid-19. Ainda em 2020, ano em que o coronavírus chegou ao Brasil, criou o fio de poliamida funcional Amni® Virus-Bac OFF, que inibe a contaminação de peças têxteis com ele fabricadas, impedindo que funcionem como veículos de transmissão de vírus e bactérias.

O portfólio sustentável da empresa também foi sendo ampliado. Em 2021 foram lançados EasySoft™ RTU, tecnologia que otimiza o processo de produção de amaciantes de roupas, com ganhos como menor consumo de energia; e Bio Amni®, primeiro fio têxtil de poliamida feito parcialmente de fonte renovável desenvolvido na América Latina. Em 2022,  estreou uma nova versão de Amni® Soul Eco, com decomposição acelerada em ambiente marinho (40 vezes mais rápido do que as fibras convencionais).

2021 também foi ano de um feito relevante e pioneiro no Grupo Solvay globalmente: a conquista da certificação WHC (Wildlife Habitat Council) na categoria Gold, reconhecendo os resultados e elevados padrões dos programas do site de Paulínia em prol da biodiversidade, incluindo projetos de preservação e reflorestamento da mata nativa e proteção da fauna local e seu habitat.

Mais um passo importante na jornada pró-meio ambiente e de combate às mudanças climáticas foi dado em 2023 com o lançamento dos primeiros itens do portfólio de produtos com a pegada de carbono neutralizada: o ácido adípico Rhodiacid® e o fio de poliamida Amni® Carbon Neutral. Ao lado dos esforços que permitiram reduzir em 95% as emissões geradas em suas atividades industriais, a Rhodia passou a compensar as emissões remanescentes via compra de créditos de carbono como forma de acelerar sua contribuição para a descarbonização da cadeia produtiva. Os créditos advêm da Fazenda São Nicolau, projeto de reflorestamento na Amazônia conduzido pelo Office National des Forêts (ONF Brasil). 

Os primeiros anos da década também foram marcados por expressivos reconhecimentos, entre eles, a eleição como Empresa do Ano no ranking Época Negócios 360° de 2022. 

Em 2023, o Grupo Solvay, ao qual a Rhodia pertence, iniciou um novo e ambicioso capítulo de sua história, dividindo-se em duas empresas independentes de capital aberto: a que manteve o nome Solvay, reunindo os negócios de produtos químicos essenciais (Coatis, Silica, Soda Ash, Peroxides e Special Chem), e a Syensqo, que engloba os negócios de especialidades (Novecare, Aroma, Specialty Polymers, Composites, Technology Solutions e Oil & Gas), além das quatro plataformas de crescimento em baterias, hidrogênio verde, compostos termoplásticos e materiais renováveis e biotecnologia.  

Em 2024, a Rhodia completa 105 anos de Brasil e mergulha nesse novo momento do Grupo cheia de vitalidade, com o espírito jovem de quem se reinventa continuamente, comprometida com a sustentabilidade, engajada na geração de inovações que nem sempre são visíveis para o consumidor final, mas que estão presentes em uma infinidade de produtos que fazem a nossa vida melhor, mais prática, mais saudável, mais gostosa, mais ambientalmente amigável... Por isso, a Rhodia celebra, sim, as conquistas do passado, mas, sobretudo, faz delas a plataforma para voar ainda mais alto na química do futuro.